O branco do papel é, muitas vezes, o monstro da criação.
Ele ataca passivo, e na passividade te vence.
Talvez por isso os artistas joguem as latas de tinta em suas telas.
Talvez deva eu também borrar o papel.
Seria essa a arma para enfrentar esse vilão?
Na dúvida, vou usar essas palavras como borrões...
Os erros serão os ataques;
A falta de sentido a defesa;
E se faltar conteúdo, esse vazio será a coragem utilizada na batalha.
Não há como prever a vitória. Essa só o tempo dirá.
Mas as marcas das batalhas que virão ficarão registradas.
Seja no branco do papel;
Na imagem do monstro;
Na coragem fortalecida;
Nas idéias amadurecidas;
No renascer, ou na mudança.
Ninguém é imune ao tempo, e este costuma provar que até os monstros revelam-se obras de nossa própria criação.